Os resultados da mais recente eleição municipal, em Uruçuí, permitem várias leituras. Dentre estas, 61,32% é a maior porcentagem que um candidato ao Executivo conseguiu nas últimas décadas. O último feito semelhante aconteceu há 38 anos, quando o candidato José Ribamar Coelho, conseguiu 68,2%. Naquela época, o saudoso Raimundo Benvindo era o candidato da oposição. Uma outra leitura possível, desses resultados, é que o candidato que venceu o pleito, Dr. Wagner Coelho, quebra uma sequencia de não reeleição municipal do representante do executivo. A última reeleição, há 20 anos, foi da ex-prefeita Maria do Espírito Santo, que, por coincidência, é esposa daquele que repete esse feito duas décadas depois.
Essa mudança de postura do eleitorado uruçuiense, atribui-se ao bom trabalho desenvolvido por aqueles que estão á frente do Executivo Municipal. Principalmente no gerenciamento dos recursos públicos que possibilita honrar compromissos com servidores, comerciantes e investimento na infraestrutura municipal e outros serviços. E mais, quando a racionalidade supera a emoção, a figura do “padrinho político” fica desidratada e passa a não ser concebida como relevante perante a vontade do eleitor uruçuiense. E ainda, numa outra leitura visualiza-se que os 36,77% conquistado pela segunda colocada, Ana Paula Santana, constitui-se o pior resultado em 38 anos de disputa política eleitoral em Uruçuí obtido pela segunda colocação.
Pelo exposto, conclui-se que quando o gestor faz seu dever de casa, a oposição perde musculatura. E ainda, as urnas sempre deixam um forte recado àqueles que pleiteiam um lugar ao sol da política eleitoral: “Dê motivos para receber voto”. Esse recado é endereçado, também, ao legislativo municipal.
Anchieta Santana(Historiador)
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